Instrumento científico eficiente, testes avaliam as características psicológicas de atuais e futuros condutores.
A partir de métodos cientificamente sustentados e com foco na investigação de características dos atuais e futuros condutores, os testes psicológicos têm se constituído num instrumento cada vez mais eficiente para avaliar a capacidade dos indivíduos para assumir a direção de um veículo. Por meio deles, é possível, por exemplo, ter acesso a características psicológicas como atenção, memória, cognição, fatores de personalidade e habilidades específicas do candidato.
Psicóloga e especialista em Trânsito, Joana Dark Barros explica que os testes são instrumentos de mensuração e predição de um provável comportamento do sujeito. “Aliados a uma boa entrevista e a um rapport, ou seja, uma relação de confiança entre examinando e examinador, eles se mostram bons instrumentos auxiliares na avaliação psicológica”.
Na visão da associada da ACTRANS-MG, o teste por si só não é o único instrumento avaliação, mas auxilia na tomada de decisão do psicólogo de trânsito. “A avaliação psicológica inicia desde a entrada do candidato na sala de atendimento, mas, por serem fundamentados cientificamente, os testes corroboram a percepção clínica do profissional. Entendo que estes instrumentos são muito úteis na mensuração da capacidade para guiar um veículo”.
Ela salienta que durante o processo de avaliação psicológica o profissional se depara com situações variadas, algumas das quais nem mesmo o próprio candidato pode ter se dado conta. “A avaliação psicológica nos permite oferecer ao candidato o conhecimento de seu funcionamento psíquico e comportamental e quais os impactos positivos e/ou negativos isso pode ter no trânsito”. A especialista observa que muitos motoristas não atentam para a importância do autoconhecimento e de suas implicações na mobilidade urbana. “Durante essa devolutiva o profissional pode pontuar e refletir com o candidato sobre a necessidade de mudanças ou adequações que venham a contribuir com um trânsito mais seguro”.
A valorização e capacitação constante dos profissionais para a realização de um trabalho de excelência é outro ponto levantado por Joana. “Entendo que estamos em constante desenvolvimento. Não existe um conhecimento pronto. Diante dessa perspectiva, a capacitação dos profissionais é fundamental para a troca de conhecimento e experiência que cada um vai adquirindo nos anos de atuação. Além disso, abre espaço para a proposição de normatização para as diversas regionais do estado, que possuem peculiaridades e especificidades”.
Em junho, a ACTRANS-MG promoveu um curso sobre os novos desafios da avaliação psicológica do tráfego, conduzido pelo professor e doutor Roberto Cruz, um dos autores dos testes “Bateria Rotas de Atenção” e “Memore”. “Esses encontros promovem o fortalecimento da classe e o alinhamento da aplicação das técnicas variadas que usamos na avaliação”, reforça a psicóloga Joana.
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